Necessidade de complementar a aposentadoria estimula investimentos cada vez mais cedo
Enquanto o pagamento de aposentadorias injeta bilhões na economia brasileira todos os anos, os jovens estão cada vezmais conscientes da necessidade de fazer uma poupança de longo prazo a fim de complementar a previdência social e manter seu padrão de vida. Nesse sentido, tanto a previdência privada aberta quanto os fundos de pensão vêm apresentando crescimento consistente nos últimos anos.
Leia Mais..."O que está popularizando a previdência é essa percepção de complementaridade da aposentadoria. Hoje, sabe-se que a previdência social não mantém o atual padrão de vida da população", afirma Renato Russo, vice-presidente da Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
De acordo com o executivo, dificilmente o setor registra captação líquida negativa [quando os saques são maiores que os aportes] ao final de 12 meses. É quase um crescimento orgânico", ressalta. Dados da entidade mostram que, no acumulado de janeiro a novembro de 2009, a captação domercado de previdência aberta somou R$ 33,2 bilhões, enquanto em 2004, no primeiro ano do levantamento, a captação foi de R$ 18,7 bilhões.
Antes dos 30 anos
A idade média dos contribuintes de planos de previdência privada aberta vem caindo nos últimos anos. De acordo com especialistas, quanto mais cedo o contribuinte começa a investir, menor serão os esforços para atingir seus objetivos. Na Brasilprev, braço de previdência do Banco do Brasil, cerca de 47% dos clientes tem até 30 anos. "Além de fatores como estabilidade econômica e educação financeira, muitas vezes os pais começam a pensar desde cedo nos filhos, seja para proporcionar melhores condições no futuro, seja para ajudá-lo a montar seu próprio negócio", diz Arizoly Rodrigues Pinto, superintendente comercial da Brasilprev. Ainda segundo o executivo, a idade média tende a recuar cada vez mais.
Mulheres em ação
As mulheres também têm ganho representatividade na carteira das empresas. "Vemos um número cada vez maior de mulheres não só entrando no mercado de trabalho, como também ocupando cargos representativos dentro das companhias, com altos salários. Além disso, as mulheres também estão assumindo o posto de chefe de família", ressalta Rodrigues. Na Brasilprev, as mulheres representavam cerca de 43% do total de clientes da companhia ao final de 2008.
O vice-presidente da Fenaprevi destaca que as mulheres são mais conscientes e se preocupam mais com o futuro. "Vemos que as mulheres são compradoras de previdência privada. Não só para si mas para os filhos também", aponta Russo. (Vanessa Correia - Brasil Econômico/CQCS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário