terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Os Fundos de Pensão Brasileiros e a Governança.

- Nos últimos anos, os fundos de pensão brasileiros apresentaram uma evolução impressionante em sua governança. Antes considerados caixas pretas, e com tristes exemplos de desvios de finalidade, hoje são exemplos de transparência e de formalização de processos. Ocupam lugar de destaque no capitalismo brasileiro, condizente com seu meio trilhão de reais em ativos, e atuam como protagonistas na evolução de importantes empresas do nosso mercado, como Vale, BRF e Embraer. Mas todos estes avanços não foram suficientes para permitir que os investidores institucionais andem com suas próprias pernas. Fruto de evolução histórica intervencionista, os fundos de pensão estão sujeitos a uma regulamentação extremamente detalhista, formalista e prescritiva, que inibe sua evolução, o processo de tomada de decisões e a criação de uma estrutura de incentivos que beneficie os participantes. Primeiramente, chama a atenção o número de reguladores que vigiam o trabalho dos gestores dos fundos de pensão. Ainda que alguma restrição seja justificável, tendo em vista os desastres que a criatividade excessiva gerou nos mercados internacionais, é fácil concluir que a nossa legislação é por demais restritiva. Ao se analisar a Resolução 3792, que regula os investimentos das fundações, vemos que se trata de documento prescritivo. Isto é, os fundos de pensão só podem comprar aquilo que esteja expressamente listado na resolução. Brasil Econômico

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