Denver - Projeções apontam forte aumento da força de trabalho idosa nos próximos cinco anos Preocupados com baixos rendimentos da aposentadoria e estimulados por uma vida mais longa, um número maior de pessoas mais velhas adia a aposentadoria ou se lança em novos empregos. Projeções mostram a força de trabalho idosa aumentando muito nos próximos cinco ou 10 anos. Em Colorado, 95.913 pessoas com mais de 65 vão trabalhar em 2010. Apenas cinco anos depois, esse número deve pular para quase 150 mil, de acordo com o Escritório de Estatísticas de Trabalho.
Leia Mais... Economistas e especialistas do trabalho dizem que o número maior de funcionários mais velhos não vai mudar apenas o visual do local de trabalho. Empregados com mais idade também devem modificar o ritmo e percepção de uma típica semana de labuta, exigindo flexibilidade para trabalhar meio expediente e de casa. – Você acha que a semana de 40 horas foi transmitida por Moisés numa tábua. Estamos caminhando para ter muitas mudanças. Temos velhos sistemas que não funcionam para essa nova geração – disse Karen Newman, professor de gestão na Escola de Negócios Daniels da Universidade de Denver, que planeja trabalhar até ficar idoso. – Nós, frutos do baby boom, sempre conseguimos tudo o que queríamos porque somos muito importantes. Acho que veremos o local de trabalho se adaptando a nós. Defensores dos idosos dizem que as razões que levam a um local de trabalho com pessoas mais velhas – e o aumento do número dos que tem mais de 65 anos e continuam trabalhando – variam. [Photo] Leia Mais... Crise A recessão e a queda da bolsa afetaram os planos de aposentadoria e as contas individuais da previdência. Muitos como Newman terão de trabalhar mais para compensar o que perderam. Outros, que se aposentaram alguns anos atrás, estão voltando ao mercado de trabalho para tentar retomar um pouco do piso salarial. Deborah Russell, diretora do setor de trabalho idoso na Associação Americana de Aposentados (AARP na sigla em inglês), disse que os trabalhadores também escolhem ficar nos empregos para se sentirem produtivos e jovens. – Vimos o executivo aposentado no Arizona entediado – disse Russell. – Jogar golfe e tudo isso é ótimo, mas não é mentalmente desafiador. Não é mentalmente gratificante, quando se pergunta se o que está fazendo é útil. Lisa Travis passa a maior parte dos dias num escritório no porão ajudando pessoas de sua geração – ela fez 80 esse ano – a encontrarem um emprego. Ela sempre trabalhou numa gravadora em Long Island, como gerente de segurança da Companhia Anschutz, e como assistente administrativa de uma academia. Agora ela está no programa de emprego para a terceira idade da AARP, na qual 140 pessoas estão numa lista de espera para os serviços delas. – A coisa mais difícil para eles é acordar de manhã e sair de casa – disse. – Adoro trabalhar. Quando eu parar de trabalhar será meu fim. Os dias de Travis ficaram mais difíceis com a falta dos empregos. Quando o marido de Mary Lou Pobojeski morreu em 2004, a senhora de 68 anos descobriu que não poderia pagar as contas apenas com a renda da seguridade social. Ela e o marido tinham um restaurante até 1995, quando se aposentaram em Aurora, Colorado. – Eu afundei em dívidas, e não conseguia achar nenhum emprego – disse Pobojeski, que usa uma cadeira de rodas scooter. – Sou capaz de funcionar corretamente, mas muitos empregadores o desprezam quando vêem
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