A ansiedade com a falta de dinheiro na aposentadoria está crescendo, segundo mostra uma nova pesquisa "Financial Times/Harris". Mais da metade dos adultos nos EUA, na França, na Itália e na Espanha dizem estar mais preocupados com isso do que há um ano.
Os mais preocupados são os EUA, onde 59% das pessoas consultadas disseram que estão mais preocupadas com a renda na velhice. Nos EUA, existe uma probabilidade maior de esses rendimentos serem o resultado de investimentos em ações, e a queda das bolsas está provocando um grande rombo nas contas de aposentadoria.
Leia Mais...A pesquisa mostrou ainda um número maior daqueles que estão tentando buscar uma maior segurança para sua renda na aposentadoria. A maioria das pessoas entrevistadas nos Reino Unido, EUA, França, Itália, Espanha e Alemanha afirmam que preferem usar parte de seus fundos de pensão para comprar uma renda segura, em vez de apostar em retornos de investimentos maiores mais tarde.
Essa visão foi esmagadora. Uma faixa de 84% a 87% dos entrevistados afirmaram que escolheriam essa opção se pudessem. Enquanto isso, os resultados mostram que no Reino Unido há um apoio crescente à proposta de se aumentar a idade com a qual as pessoas se qualificam para receber benefícios de aposentadoria da previdência social, se isso significar que as aposentadorias serão mais generosas.
Dos britânicos consultadas, 61% disseram que apoiariam tal medida e só 13% disseram ser "totalmente contra". A pesquisa mostra uma mudança significativa. Quatro anos atrás, um estudo publicado pela Pensions Commission do Reino Unido observou que havia uma forte oposição ao aumento do limite de idade para a aposentadoria, embora isso estivesse acontecendo porque as pessoas acreditavam que seriam forçadas a trabalhar até os 70 anos.
O Reino Unido pretende elevar a idade de aposentadoria dos atuais 65 anos para 68 até 2046, uma taxa muito menor que a da expectativa de vida, que está aumentando entre os adultos mais idosos.
Atitudes em relação ao aumento da vida de trabalho variam muito entre os países industrializados, com alguns experimentando aumentos relativamente grandes no porcentual de idosos empregados.
Nos EUA, por exemplo, onde dois terços dos entrevistados disseram preferir adiar a aposentadoria, o porcentual dos que seguem trabalhando após os 65 anos subiu de 12,4% em 2000 para 15,5% em 2007, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Já na Itália, que também parece favorecer a alta da idade de aposentadoria, a taxa de trabalhadores mais velhos está inalterada desde o começo da década, em 3,2%.
Mas a pesquisa também apresentou algumas surpresas; na Itália, por exemplo, 59% dos consultados também disseram que apoiariam o aumento da idade de aposentadoria em troca de uma aposentadoria mais generosa. Lá, novas regras para aumentar a idade de aposentadoria já foram aprovadas, mas sua implementação vem sendo adiada.
Enquanto isso, as atitudes em relação ao papel do governo como provedor de benefícios de aposentadoria variam muito. Embora apenas 8% dos americanos e 20% dos britânicos afirmem que o Estado deveria ser o principal responsável pelas aposentadorias - cerca de metade das pessoas nos dois países acreditam que a responsabilidade deveria ser dividida entre indivíduos, empregadores e governo -, na Espanha, 69% acreditam que o Estado deveria ser o principal responsável. Na França e na Alemanha, os pesquisados também apoiaram a responsabilidade compartilhada. (Valor )
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