domingo, 19 de abril de 2009

Alta da Bolsa veio ajudar

Os ganhos no mercado de ações voltaram e já trouxeram benefícios para os fundos de pensão. Na Previ, dos funcionários do Banco do Brasil (BB), o primeiro trimestre foi ainda mais positivo, por conta da exposição grande em renda variável. De acordo com o diretor de investimentos Fábio Moser, os números ainda não estão fechados, mas as projeções apontam para um ganho médio de 5,5%, mais que o dobro da meta atuarial estimada para o período, que foi de 2,68%.

A carteira de renda variável, que representa cerca de 60% do total, teve cerca de 6% de variação positiva. "Vale lembrar que uma parte da carteira é de participações, então da mesma forma que nossa perda é menor que a média da bolsa quando o mercado vai mal, o ganho também fica aquém do Ibovespa em períodos de alta". A renda fixa, porém, também obteve ganhos significativos, de cerca de 3,8%, entre janeiro e março.

Para Moser, apesar de os primeiros meses terem sido positivos para os mercados, ainda não é possível arriscar cenários mais firmes para os próximos meses. "Estamos cautelosos e sem fazer grandes movimentos nas carteiras, até porque não existe necessidade, já que temos uma posição confortável com relação aos nossos compromissos de pagamento", disse.

As aplicações na bolsa também ajudaram a aumentar os ganhos da Sabesprev, o fundo de pensão dos funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O ganho total do fundo foi de 3,8% no primeiro trimestre, 140% da meta. A carteira de renda variável rendeu 7,5%, quase três vezes a meta e mais que o dobro que os ganhos da renda fixa (3,1%, o equivalente a 120% da meta).

Apesar da alta das ações, a expectativa para os próximos meses é de manutenção da volatilidade na renda variável, conta José Sylvio Xavier, presidente do fundo. "Estamos com um pé atrás com a bolsa", diz ele. Para o diretor de previdência da Sabesprev, Cesar Soares Barbosa, a bolsa vem subindo por notícias pontuais e a volatilidade deve continuar. "Não há nada que sustente esse otimismo".

Mesmo com todo o sobe e desce da bolsa desde setembro do ano passado, a Sabesprev não alterou o percentual que investe em ações, mantido em 14%. Preferiu sair de fundos multimercados, que estavam com desempenho bem ruim, e reforçar a renda fixa, comprando papéis privados e títulos públicos indexados à inflação. (Valor)

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