Este SITE tem o objetivo de informar aos trabalhadores, sobre o que acontece no mundo da Previdência, bem como o de prestar contas do meu mandato, como Conselheiro do Conselho Deliberativo do POSTALIS.
domingo, 15 de março de 2009
Previ perde R$ 26,6 bi mas mantém patrimônio positivo
No ano passado, a Previ, maior fundo de pensão do país, dos funcionários do Banco do Brasil, sentiu o peso de ter cerca de 60% do seu patrimônio em renda variável e registrou perdas de R$ 26,6 bilhões no exercício, o que reduziu pela metade o superávit acumulado nos últimos anos. Depois do pagamento de benefícios da ordem de R$ 6 bilhões e perdas com rendimentos e aplicações de R$ 15,3 bilhões, o patrimônio da Previ sofreu uma queda de R$ 137,1 bilhões em 2007 para R$ 115,7 bilhões em 2008. O superávit do fundo de pensão se manteve positivo alcançando R$ 26,3 bilhões, já que o patrimônio acumulado até o final de 2007 era de R$ 52 bilhões. "Estamos pagando o preço da estratégia da locação em ações, que nos deu muito prazer nos anos anteriores", afirmou Sérgio Rosa, presidente da Previ, na última quarta-feira (12/03). As perdas só não foram maiores, segundo Rosa, porque parte das aplicações em ações são feitas de maneira direta nas próprias empresas, como Vale, Neoenergia e CPFL, que podem ser consideradas no balanço da Previ pelo valor econômico e não de mercado. Em conseqüência, a rentabilidade com renda variável ficou limitada a uma queda de 24,04%, enquanto o Ibovespa perdeu 41,22% em 2008. "Nós tínhamos 85% a mais de recursos para pagar nossos compromissos e agora temos 40% para pagar o nosso principal plano (Plano 1)", informou o executivo. O Plano 1 corresponde a 90% das obrigações da Previ. De acordo com Rosa, o destaque de 2008 foram as aplicações no mercado imobiliário, que teve rentabilidade de 21,61% , enquanto a renda fixa garantiu 12,23% de rendimentos. A entidade, assim como os demais fundos, não conseguiu atingir a meta atuarial deste ano, mas, segundo Rosa, a queda de 11,49% de rentabilidade contra o ano passado não abala o fundo, que acumula desde 1999 rentabilidade de 957%. "Considerando essa crise inusitada, bem longe dos consensos de mercado e considerando o tamanho da Previ e o tamanho da crise, e ainda o superávit que temos, nós passamos por um teste bastante importante, criamos reserva suficiente para aguentar perdas fortes", avaliou Rosa. Para 2009 o executivo disse ver ainda um cenário de muita incerteza, o que vai levar a análises mais intensas e um estresse bem maior. "A opção no momento é se manter na espera, para ver como fica... ainda há um cenário de muita incerteza, e isso é pior porque você fica pensando se deveria fazer movimentos estratégicos. Até ficar numa posição estável tem risco, vai ser um estresse muito maior", admitiu o executivo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário